[Cipriano Dourado]

[Cipriano Dourado]
[Plantadora de Arroz, 1954] [Cipriano Dourado (1921-1981)]

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

[0111.] MARIANA OSÓRIO DE CASTRO [I] || 1842 - 1917

* MARIANA OSÓRIO DE CASTRO *
[15/06/1842 - 17/11/1917]

[1842 - 1917]

Filha do tenente-general José Osório de Castro Cabral de Albuquerque, governador em Macau, e de Ana Doroteia Moore Quintius, de nacionalidade holandesa, Mariana Adelaide Osório de Castro Cabral de Albuquerque Moor(e) Quintius era casada com o magistrado João Baptista de Castro e mãe de Alberto Osório de Castro, João Osório de Castro, Jerónimo Osório de Castro e Ana de Castro Osório.

Casou, em 1866, no Fundão; residiu 22 anos em Mangualde, onde o marido era Conservador do Registo Predial; viveu muitos anos em Setúbal, embora acompanhasse o cônjuge em comarcas do Alentejo; e, a partir de 1911, passou a residir em Lisboa, na Rua do Arco do Limoeiro, n.º 17, num prédio sobejamente conhecido por ser o centro das actividades políticas e sociais da filha.

Militante da Associação de Propaganda Feminista desde a fundação, acabou por desempenhar papel de relevo na sua manutenção depois do falecimento de Carolina Beatriz Ângelo, e quando Ana de Castro Osório e Elzira Dantas Machado se encontravam no Brasil, tornou-se a segunda presidente da direcção eleita, escolhida entre as sócias fundadoras (1912); assegurou a publicação da revista A Mulher Portuguesa (1912-1913) e do jornal A Semeadora (1915-1918), sendo uma das accionistas da Empresa de Propaganda Feminista e Defesa dos Direitos da Mulher (Junho de 1915); auxiliou a Comissão Feminina Pela Pátria, trabalhando em agasalhos para os soldados portugueses; e, em 1916, foi eleita para o Conselho Fiscal.

Aderiu ainda à Obra Maternal, contribuiu para subscrições, nomeadamente em benefício das activistas Inês da Conceição Conde e Maria Veleda, e integrou a Cruzada das Mulheres Portuguesas.

Faleceu em 17 de Novembro de 1917, com 75 anos, e o jornal A Semeadora publicou a sua fotografia, acompanhada de informações biográficas e referências elogiosas à postura e militância.

O enaltecimento da sua integridade coube a Maria Benedita Mouzinho de Albuquerque Pinho, que tinha pertencido, com Ana de Castro Osório, à comissão dirigente da revista A Mulher e a Criança, em 1909-1910, e à Comissão Feminina Pela Pátria, e era visita assídua da casa.

[João Esteves]

1 comentário:

arnaldo silva disse...

Caro João Esteves,
Encontrei um documento precioso do Tenente general José Osório de Castro Cabral e Albuquerque. Apontamentos biographicos publicados no Rei e Ordem nos nºs 130-131-132 de 17-18-19 de junho de 1857. Ao todo 31 páginas. Vai ser postado, em breve, no www.tabeliao.pt, para não venda.

Sou de Alvelos e possuo umas das coleções ricas de manuscritos a partir de D. João I. Muitos milhares, incluindo forais de praticamente toda a região do DOURO. Um investimento na cultura.